sexta-feira, 24 de julho de 2009

quinta-feira, 23 de julho de 2009

terça-feira, 21 de julho de 2009

Meu Último Romance

Dos dias que vc não vem posso dizer que tua presença é constante.
Acho bem pouco provável a existência de um ciclo de 24 horas onde não exista você.
Me condicinei a ver isso como hábito, apego desmedido a lembranças infundadas, carência involuntária dos teus cuidados e até falta do que fazer. Isso traz conforto por um tempo e uma terrível melancolia por momentos a fio onde sei que vc não vai estar e nem vai surgir.
Não sei o que sentir além de uma falta imensa da minha vida quando vc existia nela.
Uma saudade das besteiras que te faziam rir e dos dramas que a gente criava pra parecer tão iguais as outras pessoas. O bem que vc trazia aos meus momentos paranóicos não existe mais. Nem existe momentos paranóicos sem vc. E até disso eu sinto falta.
Nem se eu soubesse desenhar conseguiria te fazer entender o sabor que tua voz dava ao meu café da manhã e o quanto ela amaciava meu travesseiro todas as noites.
Ah, não existem madrugadas sem vc nelas. Nem tempo bom, nem ruim. Não existe tempo pq não existe vc.
Tb não existe minha pressa em chegar em casa, nem minha vontade de sair dela.
Não existe estar bem, nem estar mal.
Não existe pausas no fingimento de alegria, nem de fome, de frio ou calor.
Não existe controle na dor que ouvir Los Hermanos me causa. E eu não consigo evitar ouvir "Último Romance" ao menos umas 15 vezes nas 24 horas onde vc não está.
Hoje queria te dizer que finalmente provei licor de jenipapo e que achei horrível. Que ainda assim tomei quase uma garrafa inteira como se bebesse vc. Dizer que finalmente aprendi a dormir com a janela fechada, que já sei equilibrar a espada no quadril na dança do ventre, que já tenho medo de barata e que finalmente terminei de ver TBBT. Que continuo morrendo de nojo de mulher grávida e odiando jogos do Flamengo. E que nada disso tem graça sem vc.
Minha falta de ti oscila conforme os dias, mas hoje ela foi a mais aterradora constância de todas.
É só.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Então...

Se eu falar de sorte será que alguem vai entender?






Perfeito dia graças à vcs cariño.*-*
Tudo fica bem, tudo é esquecido quando vcs estão perto.
Que importa os hematonas, o cabelo bagunçado, minha unha quebrada (=/), os micos gigantes plena hora do rush? Que importa as cantadas de caminhoneiros, as freadas bruscas, meu motor batido (¬¬)? Que importa as trocentas horas batendo de loja em loja procurando uma meia? E o mico de comprar um sapato caríssimo com a desculpa de pegar o tel do vendedor? Quem liga pras discussões tolas, pro quanto a Ju é enjoadinha, pro quanto a Lais é fresca? Vcs são únicas e fazem meus dias mais leves.
Um dia ainda descubro como três pessoas completamente diferentes foram feitas pra se manterem juntas a vida toda. E como ainda não morri de rir com dias como o de hoje.
Sim, dull. O post é pra vcs.
=*

quarta-feira, 15 de julho de 2009

domingo, 12 de julho de 2009

Conversas com Seu Clemente

Seu Clemente é o porteiro do meu prédio. Quando mudei pra cá demorei uns 3 dias até ver a criatura, a portaria sempre tava às moscas e por um tempo achei que nem porteiro tivesse. Quando finalmente o conheci passamos a conversar o tempo necessário pra pegar o carro, passar instruções sobre visitas e entregas e ele me passar os recados. Conversas normais que se tem com pessoas que nos prestam serviços, mas com quem mantemos pouca intimidade. Porém seu Clemente é diferente de qualquer porteiro ou prestador de serviços do mundo, ao menos do mundo como conheço.
Notei que cada vez que saia de casa ele dizia: "Vai com deus, minha filha". À princípio não respondia nada além de um "até mais tarde" até que um dia perguntei: com qual deles, seu clemente? e qual foi minha surpresa ao ver um senhor de 52 anos me dizer: "Com aquele que te traga de volta em segurança."
Daí não tinha como não perceber... ele era único. Quem mais conhece um senhor nessa idade, católico que aceite as crenças e opiniões contrárias a dele de forma tão natural? Passei a dedicar mais tempo às nossas conversas e a perceber quanta sabedoria aquele homem simples de voz mansa e sotaque esquisito guarda atrás daquele balcão de portaria.
Hoje resolvi escrever sobre ele pq acabo de chegar e tivemos mais uma das nossas conversas que me deixam besta de admiração. Cheguei um pouco bêbada (sim, um pouco¬¬) e ele teve que guardar o carro pra mim (sim, eu bebi e dirigi.¬¬). Quando veio me entregar a chave comentei sobre o temporal que caia lá fora, do esforço que tinha feito pra não me molhar e blá blá blá... ele disse:
_É uma pena! Tomara que na próxima a senhora não fuja.
Achei que ele não tivesse entendido, achei que eu não tivesse entendido. E depois do meu olhar de "o senhor tá louco?" ele completou:
_É que é triste demais ver uma moça fugindo. Deve dá um trabalhão, né? Tão mais fácil deixar as coisas ruins passarem.
Nem soube o que responder. Impossível negar como isso caiu como uma luva nesse momento. Impossível negar que isso vai me acompanhar a vida inteira.

sábado, 11 de julho de 2009

Devo dizer aos desavisados que tomei vergonha e me mudei definitivamente pra cá. =)

Caso alguém [owwwww como se isso existisse] sentir falta do antigo dá uma olhadinha aqui.^^

Então...dias frios, mudanças terríveis e um tédio sobrenatural. Volto a minha rotina normal daqui há duas semanas e pergunta se sei o que fazer com meus dias de total liberdade...¬¬
Poderia dar umas voltinhas em Recife, mas não tô no clima de agitação que combine com o teu, viu Lipe?=p
Poderia visitar meus pais... tempos que não vou naquele fim de mundo. Hummm lembrei: não vou justamente pq é fim de mundo e eu não sei se tô com pique de dirigir 6 horas pra ouvir bronca.=/
Bem poderia... não, não poderia nada. Meu humor ultimamente é pra fazer justamente o que tô fazendo agora: absolutamente N.A.D.A. '-'
Ai que saudades das noites de Parque do Povo.
Ju te odeio por não ter me arrancado de casa mais vezes.=/
É isso pessoas... só bateu vontade de escrever.=D
Beijinhos...

Milágrimas (Alice Ruiz)



Em caso de dor, ponha gelo, mude o corte de cabelo
mude como o modelo
vá ao cinema, dê um sorriso, ainda que amarelo
esqueça seu cotovelo
se amargo for já ter sido, troque já esse vestido
troque o padrão do tecido
saia do sério, deixe os critérios, siga todos os sentidos
faça fazer sentido
a cada mil lágrimas sai um milagre
caso de tristeza, vire a mesa, coma só a sobremesa
coma somente a cereja
jogue para cima, faça cena, cante as rimas de um poema
sofra apenas, viva apenas
sendo só fissura, ou loucura, quem sabe casando cura
ninguém sabe o que procura
faça uma novena, reze um terço, caia fora do contexto
invente seu endereço
a cada milágrimas sai um milagre
mas se, apesar de banal,
chorar for inevitável
sinta o gosto do sal, do sal, do sal
sinta o gosto do sal
gota a gota, uma a uma
duas, três, dez, cem, mil lágrimas
sinta o milagre
a cada mil lágrimas sai um milagre
a cada milágrimas

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